O grupo palestino Hamas anunciou na quarta-feira que não participará de novas negociações de cessar-fogo em Gaza, programadas para quinta-feira no Catar. Esta decisão ameaça as esperanças de uma trégua negociada que, segundo fontes iranianas, poderia evitar um ataque do Irã contra Israel. Apesar disso, os EUA afirmaram que as negociações indiretas ainda devem acontecer em Doha, capital do Catar, e que um acordo de cessar-fogo ainda é possível.
Fontes iranianas indicaram que apenas um acordo de cessar-fogo em Gaza impediria o Irã de retaliar Israel pelo recente assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas. O governo israelense planeja enviar uma delegação para as negociações, mas o Hamas exigiu um plano concreto para implementar uma proposta já aceita, evitando mais discussões.
Enquanto isso, os combates em Gaza continuam intensos. Moradores relataram explosões em Khan Younis, no sul, e bombardeios israelenses em várias áreas. Israel afirma que suas ações são uma resposta aos foguetes lançados pelo Hamas contra Tel Aviv e que atingiu 40 alvos militares nas últimas 24 horas.
Em meio à violência crescente, um possível cessar-fogo permanece incerto. O Hamas deseja que a retirada das forças israelenses de Gaza seja uma condição básica para a libertação de reféns, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste que a guerra só pode acabar com a erradicação do Hamas.
Além do conflito em Gaza, a tensão entre o Hezbollah e Israel também aumenta, especialmente após o assassinato de um comandante sênior do Hezbollah. O conselheiro sênior do presidente dos EUA, Amos Hochstein, chegou ao Líbano para tentar impedir uma escalada desse conflito.
As negociações diplomáticas se intensificaram, com o primeiro-ministro libanês Najib Mikati afirmando que esforços estão em andamento para evitar uma guerra e impedir uma agressão israelense. As discussões com líderes árabes e ocidentais tornaram-se mais urgentes devido à gravidade da situação no Líbano e na região.
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